Graduado em 1994 pela UFPR.
Especialista em dent. rest. UFPR em 1996
Mestre em materiais dentários PUC-RS em 2002
Doutor em dentística restauradora pela UERJ em 2008
Clínica privada desde 1995
Ministrante de cursos desde 1996
Professor de graduação de 1996 a 2006
Cursos ministrados no Brasil, America Latina, EUA, Europa
Editor chefe da revista DICAS
Autor do livro TIPS
Autor do livro TIPS
1-
Qual a grande tendência de odontologia estética
hoje?
Acredito que a tendência da odontologia estética seja
procedimentos cada vez mais conservadores, onde o esmalte dentário é o foco
principal. A valorização do selamento e adesão realizada neste esmalte é o que
mais chama atenção.
O segundo ponto que me parece bastante forte é a influência
do dissilicato de lítio nas indicações de cerâmicas bastante conservadoras e
com resistência adequada. A versatilidade atual do uso da cerâmica a base de
dissilicato é formidável.
A terceira acredito que tenha relação com os sistemas
adesivos, com clara tendência aos autocondicionantes, queria você ou não.
A quarta talvez seja direcionado a resinas compostas:
técnicas simplificadas de estratificação, com menos cores e variações serão a
rotina, sem a grande viagem blasé que passamos em outras fases.
2-
Quando você está na frente do público,
ministrando uma palestra, sempre espera-se uma ótima aula. Você se inspirou ou
se inspira em alguém?
Espelhar é difícil e negativo porque cada um deve encontrar
um estilo e forma de apresentação e comunicação, mas exemplos temos vários.
Dois deles que gosto muito de assistir são o prof. Baratieri e o prof. Kina.
Sempre é motivador e agradável sair de um curso deles, a sensação sempre é
positiva, e este é o sentido de se assistir alguém: sair motivado para
mudanças.
3-
Em relação às resinas compostas, qual a evolução
mais marcante na sua opinião desses materiais?
Vou ser sincero, ela é bem parecida hoje com o que era a 20
anos atrás. Olhe o Herculite (Kerr), você acha realmente que as resinas são
muito diferentes desta resina de vinte e poucos anos atrás?
4-
Como você desenvolveu sua habilidade de esculpir
tão bem com resinas compostas?
Tive sempre dificuldade com dentes posteriores e adquiri uma
obsessão por escultura, até um dia que tive um click vendo uma imagem de um
dente, e minha técnica mudou sensivelmente. Busquei sempre cursos para protéticos,
entre eles os de enceramento, e sempre observei muito técnicas e dentes. Acima
de tudo indico sempre buscar uma fonte inspiradora como o prof. Paulo Kano, o
mestre.
5-
Há um kit ideal de resina? Quais cores você
indicaria para um kit básico de resina composta?
Escolha uma marca de resina microhíbrida, nanohíbrida ou
nanoparticulada (Não importa) e compre:
A3, A2 e A1 dentina
A3, A2, A1 e dentes clareados esmalte
Uma resina de efeito incisal transparente (incisal ou
transparente)
Uma resina translúcida levemente esbranquiçada como por
exemplo PF (Vitalescence), trans 20 (Ivoclar vivadent), WE (Z-350 XT).
6-
Tem-se ouvido falar muito da técnica semi-direta
de restaurações em compósito. Há limite entre a utilização de onlay de resina
indireta e cerâmica?
Vejo um tendência de pequenos onlays e inlays serem
direcionados para resinas compostas devido a margem oclusal que ser deteriora
muito com sistemas cerâmicos, incluso dissilicato de lítio. Para grandes
overlays com certeza indicaria cerâmicas.
7-
Vejo nos seus cursos que você planeja a
escultura da resina na restauração visando uma boa distribuição de contatos
oclusais, evitando assim ajustes oclusais demasiados. Qual a importância desses
conceitos de oclusão na prática diária?
Esta é uma função da escultura:
direcionar contatos e ajuste oclusal, não para ser bonito. Os ajustes corretos
estabilizam posicionamento dental, equilibrando o sistema e evita a ocorrência
de contatos prematuros ou interferências oclusais.
8-
Para você, ainda há indicação de utilização de
resinas flow em restaurações em resina composta?
Uso muito em situações onde clinicamente a
resina composta restauradora tem dificuldade de adaptação clínica (veja, estou
falando de adaptação clínica e não contração). Acho admirável tantas pessoas
falarem e se preocuparem tanto em contração volumétrica de 3,5% ou 4% e
deixando buracos e falhas de adaptação na cavidade como tem acontecido. Temos
que aprender a adaptar a resina na cavidade, manipular corretamente. Parece
óbvio mas não é.
9-
O que você espera o futuro das restaurações de
resina composta?
Uma resina que seja passível de ser utilizada com maior
conversão de polimerização, mantendo mais polimento e com 6 cores somente.
Entrevista realizada por Eduardo Souza Junior
Excelente!Compartilho do mesmo sonho quanto às resinas composta!
ResponderExcluirAbraços